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PROMESSA

Desejo-te, profundo.
Independente de tudo o que há no mundo
Levar-te-ei comigo pra sempre
Salvar-te-ei do perigo iminente

Onde quer que vás estarei ao teu lado
Nem mesmo assim, saberás o quanto por mim és amado.
Dar-te-ei meu amor
E farei com que tua vida tenha sabor

Em momentos de tristeza
Meu consolo, com certeza.
Uma nova promessa de felicidade

Relacionamento feito de verdade
Afeto e muita sinceridade
Amor, até o fim da eternidade.

(Jackie Eller - 1993)


Sim, eu já fui adolescente. E como boa canceriana que sou, tive uma adolescência cheia de amores impossíveis, platônicos, inalcançáveis...

Fernando Pessoa (em um de seus heteronômios, Ricardo Reis) disse: "Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui." e eu vivi intensamente cada emoção gerada por meus amores impossíveis, platônicos e inalcançáveis. A maior parte da minha produção literária se perdeu com os anos, mas alguma coisa ainda está bem guardadinha, como esse soneto do post de hoje.

Não, não é nenhuma Florbela Espanca ou Cecilia Meireles. É apenas uma adolescente dizendo a seu amado que ninguém mais no mundo o ama tanto quanto ela, que faz sua promessa de amor e devoção eternos.

(Métrica? Que Métrica?? O amor é o que verdadeiramente importa aqui!!)

Como aprendizado me restou o conhecimento de que tudo no universo tem um fim (ou um recomeço), inclusive a dor de cotovelo.

Ainda hoje tenho amores, talvez seja esse um traço do meu caráter.

Mas não tenho mais tanta paciência para os platônicos, impossíveis e inalcançáveis.

Ainda bem.

Comentários

Paty disse…
Salve!!! Em primeiro lugar, obrigada pela visita, pois esta foi o motivo da minha vinda até aqui e pela curta espiada posso dizer com certeza: adorei seu cantinho! Sério mesmo... sem blá, blá, blá ou coisa do gênero.

Quem nunca escreveu (ou ao menos tentou escrever) um poema em homenagem ao homem da vida (rá!!!)?
Todas vivemos aqueles amores impossíveis, nostálgicos e complicados (cancerianos que o digam), mas que fizeram parte de nossa vida e sempre trarão um sorriso ao nosso rosto.... nem que seja um sorriso irônico ao lembrar quão inocentes já fomos um dia (Como se ainda não fossemos muitas vezes).

Quanto a sua falta de paciência para amores platônicos, impossiveis e inalcançáveis, concordo plenamente. Eu por exemplo, defendo a idéia de que nasci para ser feliz. E quero a felicidade é nessa vida... nada de promessas futuras e divinas... É como dizem, né? Depende mais da gente.
Grande Beijo e espero que possamos nos visitar sempre
Anônimo disse…
Esse poema me lembra quando eu comecei a escrever... três anos depois desse poema. Era um poema inocente, pueril, apaixonado e onírico... Mas era sincero.


Hoje em dia em me sinto melhor em escrever sobre a decreptude humana, sinto-me em casa. Mas é sempre bom ler alguma coisa com inocência que eu costumava passar para o papel.

beijos

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